5 de mai. de 2008

28 anos sem a dissonância de Ian Curtis


Já são 28 anos sem Ian Curtis. 28 anos sem Joy Division.

Para o cenário musical uma grande perda. O suicídio do músico (em 18 de maio de 1980) foi resultado de uma vida conturbada, com conflitos emocionais e dissonâncias.

Nascido em Macclesfield (Inglaterra), Ian já demonstrava interesse pela música desde pequeno, escrevendo poesias e ensaiando algumas composições aos 11 anos de idade. No final da década de 70, formou a banda Warsaw, com os integrantes Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris que, meses depois, se transformaria no conhecido Joy Division.

As misturas de bases pós-punks com melodias sentimentais fizeram a banda decolar. Suas canções eram moldadas por temas como morte, relacionamentos, alienação e degeneração urbana. O sucesso foi imediato.

A última apresentação ao vivo de Ian Curtis aconteceu no dia 2 de maio de 1980, na Universidade de Birmingham, e aconteceu no mesmo mês de sua morte”. Essa apresentação incluiu a primeira e última performance da música Ceremony pelo Joy Division. A última música que Ian Curtis executou frente ao público foi "Digital".

Os efeitos da epilepsia e dos problemas pessoais de Ian Curtis, como um divórcio conturbado de sua esposa e um caso extraconjugal com a jornalista belga Annik Honoré, podem ter contribuído para o suicídio de Ian, que se enforcou aos 23 anos de idade”
(*) (dias antes do início da primeira turnê do Joy Division nos Estados Unidos).

“Ian Curtis foi cremado e suas cinzas foram enterradas em Macclesfield, com uma lápide com a inscrição "Love Will Tear Us Apart" ("O Amor Vai Nos Destruir"). O epitáfio, escolhido por sua esposa Deborah, é uma referência à canção mais conhecida do Joy Division”. (*)

No ano passado dois presentes foram apresentados aos fãs da banda: O documentário “Joy Division”, com direção de Grant Gee ("Meeting People Is Easy" – Radiohead) e o longa Control, com direção do fotógrafo holandês Anton Corbijn (responsável por algumas das brilhantes fotografias em preto e branco da banda, além da participação gráfica de álbuns e direções de clipes como Depeche Mode, Johnny Cash e U2). Histórias à parte, a vida de Ian Curtis e da Joy Division fazem parte de um importante contexto musical. Não deixe de conhecer ou escutar novamente.
CURIOSIDADES

- “Joy Division” era o nome dado a uma divisão de mulheres judias (Segunda Guerra Mundial), escolhidas para satisfazerem os prazeres sexuais dos soldados e oficiais nazistas;

- Após a morte de Ian Curtis, os remanescentes da banda (Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris) formaram o “New Order”;

- O nome “New Order” é comparado por muitos com a famosa “Nova Ordem”, idealizada por Adolf Hitler, que seria imposta à humanidade caso os alemães tivessem ganhado a Segunda Guerra. A banda nega até a morte esta comparação. A idéia do nome teria sentido apenas no significado de renascimento da banda, após o suicídio de Ian;

- Pelo fato da epilepsia, o público achava que os ataques que Ian Curtis tinha no palco faziam parte da famosa performance do vocalista nos shows ao vivo (mesmo depois dos médicos entrarem para socorrê-lo...);

- Os integrantes do New Order sempre gostaram de quebrar o pau. Nessas idas e vindas surgiram alguns trabalhos paralelos, mas com pouco sucesso;

- O Filme “Control” é baseado no livro "Touching from a Distance", escrito pela viúva de Ian, Deborah Woodruff Curtis. Para muitos fãs, o filme não teve a menor graça, justamente porque foi baseado no ponto de vista da autora;

- Ian Curtis suicidou-se ao som do álbum The Idiot de Iggy Pop (sim... ele mesmo... o do “Candy”).

Saiba mais:
• Ian Curtis
http://www.corbijn.co.uk/
• Joy Division e New Order

30 de abr. de 2008

Virada Cultural Paulista é coexistência de gostos e estilos

Coexistência. Se fosse pra definir a Virada Cultural numa palavra, seria esta. A convivência pacífica entre os mais diversos gostos e estilos, num mesmo espaço, é o que mais me despertou a atenção. Quem é acostumado com o vazio da Capital nos finais de semana surpreendeu-se com os quase quatro milhões de circulantes nos dias 26 e 27 de abril. Todos os tipos de pessoas lotaram as praças do centro, muitos cantando, dançando, outros sentados aguardando pelo próximo show ou admirando dali mesmo.

Pra quem nunca ouviu falar, a Virada Cultural é um evento que acontece anualmente em São Paulo e em algumas cidades do Interior. Uma verdadeira enxurrada de atrações ininterruptas em diversos espaços da cidade. Ao todo, são vinte e quatro horas de acesso às mais variadas formas de expressão entre shows, discotecagem, exposições e performances de intervenção.
Sem dúvida, pra quem curte coisas novas é um prato feito. Melhor ainda: é tudo de graça!
Se você perdeu a versão paulista, ainda dá tempo de participar da virada em Sorocaba, que acontece nos dias 17 e 18 de maio. Os destaques ficam por conta de Zeca Baleiro e a banda de rock Autoramas.
Texto e Colaboração: Tiago Rodrigues
VIRADA CULTURAL EM SOROCABA
Veja a programação completa:
Dia 17 de Maio
Local: Parque das Águas
18h30 - Forró Maromba
20h30 - De Puro Guapos
21h30 - Grupo Afro Cultural - "O mo Ayê"
22h30 - Emerson Boy
Local: Teatro Municipal
19h - Lavanda (Lu Brites)
21h - Marcela Leal (Stand-up Comedy)
23h - Batuntã
Dia 18 de Maio
Local: Parque das Águas
00h15 - Zeca Baleiro
02h30 - Dj Mora
04h30 - Dj Naccarati
11h - Moçambique de São Benedito (Cunha)
13h - Silver Rocks
15h - Autoramas
17h - Banda Black Rio
Local: Teatro Municipal
01h - Tita Lima
03h - Zabomba
10h - " As aventuras de Bambolina"
(Pia Fraus) - Teatro Infantil
13h - Cia. Borelli (Carne Santa)
16h - Pedro Mariano
Entrada Gratuita em todos os eventos.
A retirada dos ingressos no Teatro Municipal será liberada com uma hora de antecedência - distribuição limitada.
Fonte: Prefeitura de Sorocaba/Secretaria da Cultura

28 de abr. de 2008

PANGEA DAY - Últimos dias para as inscrições

Cinco finalistas participarão de edição de Los Angeles do Pangea Day, evento que acontece dia 10 de maio, em seis cidades simultaneamente, incluindo Rio de Janeiro. Vencedor participará de uma filmagem profissional na África.


As inscrições para o Festival Nokia de Cinema Móvel, parte das atividades do evento Pangea Day, se encerram nesta quarta-feira, 30 de abril. Os interessados podem fazer o upload de vídeos produzidos por celular no Share on Ovi (www.nokia.com.br/pangeaday), um serviço gratuito da Nokia de compartilhamento de arquivos que facilita o upload, gestão e participação de mídia pessoal por meio de dispositivos móveis, desktop e outros aparelhos conectados.


Serão selecionados cinco finalistas por meio de votação on-line pelo site ovi.com/pangeaday. Eles viajarão para Los Angeles a fim de participar da transmissão ao vivo do Pangea Day. O Pangea Day acontece dia 10 de maio simultaneamente em seis cidades: Los Angeles (EUA), Londres (Inglaterra), Cairo (Egito), Tel Aviv (Israel), Kigali (Ruanda), Mumbai (Índia) e Rio de Janeiro (no Morro da Urca). Centenas de cinemas no mundo vão receber o sinal da transmissão do evento, que exibirá 24 filmes do mundo inteiro. O Pangea Day será transmitido por canais de TV no mundo todo.


O grande vencedor, anunciado durante o evento pelo júri do Pangea Day, fará uma viagem para a Reserva Rwandan Gorilla e participará de uma equipe profissional de pesquisadores, produtores, elenco e editores, para filmar um documentário móvel.

Fonte: Nokia Press Release: http://www.nokia.com.br/

AO VIVO - GROOVE ARMADA no Credicard Hall


GROOVE ARMADA COMEMORA 10 ANOS DE SUCESSO

Na mesma noite, os DJs Mario Fischetti, The Twelves, 2Headz, Buga e Anderson Noise mostram o melhor da música eletrônica. A dupla britânica de música eletrônica traz de volta ao Brasil seu techno-dance para o Credicard Hall, dia 30 de abril, em comemoração à sua década de existência e lançamento do CD GA10 - 10 Year History. Tom Findlay e Andy Cato prometem animar o público paulista em um explosivo espetáculo musical com luzes, uma base de house combinada a samples dos anos 80 e refrões empolgantes.

Os fãs podem esperar sucessos da carreira do Groove Armada como Superstylin', My friend, I see you baby (remix de Fatboy Slim) e At the river. O melhor de uma festa eletrônica não é crédito apenas das pick-ups comandadas por Tom e Andy, junto com eles estão os vocalistas Veba, Stush e MAD, George na guitarrista, Max no baixo, Martin na bateria, Patrick na percussão e Andy e Tim nos teclados. As músicas da dupla eletrônica têm grande presença na mídia, já foi tema de diversos comerciais de TV, trilhas de filmes e vídeo game. O CD mais recente é GA10: 10 Year Story, álbum que comemora os 10 anos de carreira do Groove Armada com as músicas favoritas de Tom e Andy e algumas raridades.

Quando: 30 de Abril 2008
Fonte: Ticketmaster (Release)

26 de abr. de 2008

DMB FT TIM REYNOLDS - LIVE AT RADIO CITY


Para bom entendedor, meia palavra basta. Para um bom fã, as iniciais bastam. E é assim com Dave Matthews Band.

Dentre toda a discografia, que vale a pena escutar, escrevo sobre o álbum Dave Matthews Band ft Tim Reynolds - Live at Radio City. É um álbum duplo que concentra a maioria das músicas mais conhecidas e, na minha humilde opinião, as melhores também.

O primeiro se inicia com uns riffs em Bartender e a voz arrastada do Dave, que pode levar sua mente para longe em poucos segundos. Aumentando o ritmo em When the world ends, passando pela baladinha de Stay or Leave, da qual não posso deixar de comentar a belíssima frase: "Stay or leave, I want you not to go, but you should. It was good, as good goes". Quem nunca passou por isso? E esse é um dos motivos que levam as pessoas a serem fãs. Dá pra sacar algumas frases tops escondidas e subentendidas em suas letras que eletrizam, nos solos quase infindáveis, enfim, em tudo o que te faz pensar quando você entende um pouco do velho inglês.

DMB é bom para todos os momentos. Quando se ama, quando se odeia, quando se encontra uma pessoa bacana e, para também, quando se perde uma pessoa bacana. É trilha sonora pra vida toda. O primeiro álbum se finaliza em Don't drink the water. O segundo se inicia com Oh. Neste, não deixe de passar por Grace is Gone, Dancing Nancies e, claro, "#41".

Para terminar, o segundo álbum se encerra com uma bela versão de Two Step. "Celebrate we will, 'cause life is short, but sweet for certain"!
E Dave é assim. Acalma e pilha. Te faz esquecer e relembrar. E te faz passar por um turbilhão de sons e imagens. Simples assim.


Texto: L. Garcia

25 de abr. de 2008

MOBY – Last Night

De volta aos anos 80! Pelo menos esta é proposta apresentada por Moby em seu último disco Last Night. Saindo um pouco das guitarras e performances acústicas que enriqueceram Hotel – seu penúltimo álbum – o músico deixa a atmosfera de 11 de setembro (atentado às Torres Gêmeas e data do seu aniversário...), reapresenta batidas e bases sintéticas a todos, promovendo Nova York como sua grande musa inspiradora.

Cheio de surpresas agradáveis, Last Night chega com dois ótimos carros chefes: Disco Lies e Alice, apresentados por singles remixados, que andam agitando as pistas dance em todo mundo. Quem conhece ou é fã de Moby vai se sentir em casa. 257 Zero vem com vocais eletrônicos cheios de efeitos e uma base string de primeira. Every Day It’s 1989 e The Stars deixarão um monte de gente confusa, com aquela sensação de ter dançado isso há 19 ou 15 anos (puxa, parece que foi ontem!). Live for Tomorrow é um lounge romântico e se encaixa perfeitamente com I’m in Love, ótimas para namorados moderninhos. E, como sempre, mais músicas instrumentais recheadas de strings e pads melancólicos (marca registrada do músico).

Para quem deseja algo mais agitado, procure os singles do Last Night e não fique devendo nada a ninguém. Agora, para quem curte Moby... pode ir com fé. Você vai gostar!

24 de abr. de 2008

Conheça PASSAGE - Um jogo emocional


Quando folheando a revista MONET deste mês (Editora Globo - Abril/2008) admito que fiquei muito curioso com a matéria “A vida inteira em cinco minutos de jogo” (pág. 178), escrita por Daniel Galera. Trata-se de uma comparação dos moderníssimos jogos de última geração com o minúsculo PASSAGE, joguinho desenvolvido por Jason Rohrer, que explora o lado emocional do jogador. Com gráficos rudimentares e duração de apenas cinco minutos, PASSAGE pode ser baixado pelo endereço: http:/hcsoftware.sourceforge.net/passage

“Há quem tenha chorado ao jogá-lo. Em algum momento de seus cinco minutos de duração, você vai se dar conta do que está acontecendo. Ao se dar conta, todo o seu comportamento no jogo até então adquirirá significado”, relata Daniel.

Vale pela dica curiosa. Agora, se você vai gostar ou não, dependerá da sua interpretação.

Leia a matéria completa:
http://www.revistamonet.com.br/

ATOMIC HOOLIGAN – Sex, Drugs and Blah Blah Blah

Não desanime. Atomic Hooligan é muito mais do que as primeiras sete músicas iniciais. Somzinho bacana para rolar no carro, dando aquela panca que você não é movido apenas pelas porradas graves e baixos seqüenciados repetitivos.

Logo de cara, você vai achar uma pitadinha de Junkie Xl e Audio Bullys. Não fique tão animado. I don’t care é baladinha alegre, boa para ser apreciada na primeira latinha da noite, mas nada além disso. O álbum começa a ficar interessante a partir de Safeguard (oitava música) quando o vocal feminino dá um toque especial com a batidinha e o solo de guitarra. Mas os grandes destaques (e salvações) ficam para as músicas Electro ain’t electro, Thief e Too late to be afraid. Electro ain’t electro vem bombando o melhor estilo eletro e é ótima para dar uma balançada na pista. Thief incorpora o vocal feminino conhecido do The Prodigy (e a batida também), perfeita para lembrar que você já bebeu demais na noite. Too late to be afraid chega em boa hora. Música bacana e legal de escutar, mas, sem grandes compromissos.

Sex, Drugs and Blah Blah Blah pode não ser um ótimo álbum, mas, tem algumas músicas que salvam a pátria. É aquele CD que a gente compra para aproveitar umas três ou quatro músicas. Provavelmente irá fazer parte da sua coletânea “vários”, escrito com caneta de retro projetor, servindo para dar uma pausa naquele som que você adora, mas, que está de saco cheio de ouvir tanto.

Conheça:
http://www.atomichooligan.com/